8 cachoeiras que valem totalmente a aventura
Perambular por lugares pouco explorados é o objetivo de qualquer um que tenha uma mente corajosa, especialmente quando o velho turismo de massa ainda não chegou por lá. Esqueça o estacionamento a 100 metros de distância da queda, jovens embriagados e multidões tirando selfies debaixo d’água: na lista abaixo, apenas destinos rodeados de paz e tranquilidade.
1. Sutherland Falls, Southland, Nova Zelândia
O que é: A cachoeira mais alta da Nova Zelândia, com 580 metros de altura.
A aventura: Para se chegar à Sutherland Falls, é necessário uma caminhada de quatro dias pela famosa trilha Milford Trail. O caminho de 53 km o levará por pontes suspensas, passagens de madeiras e trilhas sobre montanhas no Parque Nacional de Fiordland. Ao longo do caminho, haverá abrigos próprios para recebê-lo e tornar a experiência ainda mais mágica.
Grau de aventura: 5/10
2. Kaieteur Falls, Mazaruni Potaro, Guiana
O que é: A maior queda única e uma das mais poderosas do mundo.
A aventura: A única maneira para se chegar à Kaieteur Falls é pegar um aviãozinho em direção a uma pequena pista de pouso no meio da mata. De lá, são duas a três horas de caminhada pela floresta tropical. Esta combinação rara de cachoeira alta num rio volumoso torna a vista absolutamente incrível e quase surreal. Caso você se depare com um daqueles sapinhos dourados na trilha, nosso conselho é: não os toque, eles são venenosos.
Grau de aventura: 4/10
Curiosidade: Esta cachoeira está retratada na nota de 20 dólares guianenses.
3. Shale Falls (Chutes aux Schistes), Quebeque, Canadá
O que é: Cachoeira bem remota ao norte de Quebeque
A aventura: Pense numa aventura que dura um mês. Agora pense num mês de remo a caiaque sobre o rio Caniapiscau, cuja linha de partida só é possível chegar com um helicóptero. Soma-se a isso o tempo instável do norte do Quebeque, mais os insetos perigosos da região. Esta é uma verdadeira aventura sobre remos num dos ambientes mais virgens e inóspitos que a América do Norte pode lhe oferecer.
Grau de aventura: 10/10
4. Virginia Falls, North West Territories, Canadá
O que é: Quedas gigantescas e Patrimônio Natural da Humanidade pela UNESCO (um dos primeiros lugares a ganhar esta dominação nos anos 1970).
A aventura: Para se chegar aqui, é preciso alugar um hidroavião que voe sobre a mata intocada do Parque Nacional de Nahanni. Do topo das quedas, é necessária apenas uma pequena caminhada. Mas se você quiser ir além, você pode planejar uma viagem de caiaque de até 21 dias e vivenciar um momento único na sua vida. Não importa o que você faça, a vista vale a pena. Esta grande cachoeira aqui possui um grande trecho de corredeira antes de ser dividida ao meio por uma rocha de cento e poucos metros, conhecida como Mason’s Rock.
Grau de aventura: 3/10 se voar diretamente para as cataratas; 7/10 se fizer a expedição em caiaque.
Curiosidade: Ela possui quase o dobro de altura da Niagara Falls.
5. Kerepakupai Meru, Bolívar, Venezuela
O que é: (Sob discussão) a cachoeira mais alta do mundo, com 979 metros, também conhecida como Salto Ángel
A aventura: Chegar ao Salto Angel não é tarefa simples. É preciso primeiro chegar de avião ao acampamento Canaima, cujos guias locais da tribo Pemon o acompanharão em viagens pelo rio. Após quatro horas maré acima, você irá caminhar com suas próprias pernas numa trilha úmida e cheia de neblina morro acima, no meio da selva. Vale totalmente a pena. Depois de marcar esta beleza na sua “lista de fazer antes de morrer”, você poderá passar a noite acampado(a) lá no topo e realizar o mesmo trajeto (só que desta vez na descida, ufa) no dia seguinte. Bônus: voar para Canaima é (quase) garantia de que você irá observar a queda lá do alto, tal qual Jimmie Angel, o aviador americano que batizou a cachoeira, fez nos anos 1930.
Grau de Aventura: 5/10 – a menos que você faça como Paul Guschlbauer neste voo insano.
6. Schwarzenbach Falls, Nunavut, Canadá
O que é: A cachoeira mais alta no Círculo Polar Ártico (520 metros) e uma das mais altas e remotas do mundo.
A aventura: Chamada de Qulitasaniakvik na língua inuktitut, esta cachoeira sazonal (no inverno ela fica ou congelada ou desaparece) é extremamente impressionante. “Fora da rota dos turistas” está implícito aqui: só para aproveitar o passeio de 14 dias, são necessários 14 mil dólares canadenses (em torno de R$ 32 mil). Primeiro você pega um barco (no qual você poderá cruzar com baleias e narvais – as baleias-unicórnio – ao longo do passeio), de lá você usará suas pernas por duas semanas inteiras sobre um terreno desnivelado com uma mochila pesada nas costas. Taí um bom desafio, até mesmo para o trilheiro mais experiente!
Grau de aventura: 9/10
7. Cascades du Trou de Fer, Ilha da Reunião
O que é: Cachoeira de 725 metros no meio da selva, incluindo uma queda única de 305 metros.
A aventura: No coração da Ilha da Reunião (território ultramarino da França na costa da África), as Cascades du Trou de Fer (literalmente Cascadas do Buraco de Ferro) formam uma vista de tirar o fôlego. Para se chegar lá, é preciso apenas uma caminhada de três horas numa trilha lamacenta pela selva tropical. O fato é que a Mãe Natureza tem que estar ao seu lado caso deseje observar as quedas: a trilha se torna impossível num dia chuvoso. Para poder apreciar esta beleza intocada, você precisa começar a andar desde cedo, mas nada garante sua vaga no paraíso: se as nuvens decidirem se juntar à festa, lá se vai o passeio. Outra opção para observar estas magníficas cachoeiras é fazer uma expedição de dois a três dias pelos cânions.
Grau de aventura: 5/10 caminhando, 8/10 indo pelos cânions
8. Suligad Waterfalls, Dolpa, Tibete
O que é: A maior cachoeira dos Himalaias, próxima a um lago azul-turquesa.
A aventura: Esta daqui deveria estar na lista de todos os amantes de cachoeiras: por uma trilha de oito a trinta e um dias (dependendo das opções de tour, sendo a maioria delas numa trilha de 13 dias) pelo interior nepalês, você terá vistas não apenas da mais alta cachoeira do Nepal, como também do lago mais profundo dos Himalaias, o sagrado lago Phoksundo. Com 167 metros de altura, estas quedas são uma bela recompensa por esta trilha nada batida. A região foi aberta para turistas apenas em 1989, o que significa que você poderá vivenciar as culturas locais Bonpo e dos budistas tibetanos em primeira mão. Duas opções: acampar ou ficar na casa dos locais – a escolha é sua e pode variar de acordo com o guia escolhido. Não importa o quão difícil seja a trilha, as paisagens de cair o queixo e as vistas fabulosas da vida selvagem tornarão esta aventura um momento único na sua vida.
Grau de aventura: 7/10
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