O perigo das trilhas no Pico dos Marins não é novidade.
Mistério
O perigo das trilhas no Pico dos Marins não é novidade. Além do caso do francês, um outro teve repercussão nacional em 1985, quando um escoteiro de 15 anos que se perdeu no local. Ao sumir sem deixar rastros, a história do menino Marco Aurélio Simon virou uma ‘lenda urbana’.
A família conta que ele estava no pico com um grupo de escoteiros, do qual era integrante, quando um deles se feriu e ele foi designado para se separar do grupo e pedir ajuda. O grupo foi resgatado, mas o adolescente nunca foi encontrado. À época, a busca mobilizou cerca de 300 pessoas e durou 28 dias.
O pai do escoteiro, Ivo Simon, conta que mantém a esperança de encontrar o filho até hoje. Ele esteve no Marins nesta quinta-feira (28) para acompanhar a busca ao francês. “Fui agradecer aos envolvidos por se empenharem por tanto tempo na busca de uma pessoa. Eu sei o que é isso, e o quanto é importante que os órgãos oficiais não desistam de quem a gente ama”, disse.
Trinta e três anos depois, a família expandiu as buscas por todo o Brasil. Se estiver vivo, Marco Aurélio tem 48 anos e deixou um irmão gêmeo idêntico – o que ajuda a família na procura.
A história do desaparecimento virou tema de livro, uma série de reportagens, além de estudo de pessoas ligadas ao espiritismo e ufologia, que acreditam que algo sobrenatural ocorreu ao menino. Toda essa repercussão fez com que, nestas mais de três décadas, cinco pessoas se identificaram como Marco Aurélio. Exames descartaram que se tratava do escoteiro.
“Nós já colhemos amostras de cinco pessoas na esperança de ser nosso filho. Nós tentamos e vamos continuar tentando. Não temos corpo, foram feitas buscas intensas e ele não foi encontrado. Só temos um fato: ele não foi achado. Não trabalhamos com a hipótese de que ele esteja morto”, diz. Ivo é jornalista e tem outros quatro filhos.
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